#Parem de nos matar! discute a necropolítica vigente nas instituições brasileiras, em crônicas sobre racismo, branquitude, privilégios raciais e as mortes simbólica e física que a violência institucionalizada provoca.
Ao mesmo tempo, destaca pessoas, atitudes e instituições que resistem ao projeto de extermínio do povo negro. Esta edição revista e atualizada é uma parceria entre as editoras Kuanza Produções e Editora Jandaíra, e conta com textos reorganizados e revistos pela autora, com novo projeto gráfico.
Autor(a): Cidinha da Silva
ISBN13: 9788598349848
Edição: 1ª
Número de páginas: 192
Acabamento: brochura
Formato: 16 x 21 cm
Saiba mais sobre o livro:
Todas as vezes que surge uma personagem negra estereotipada como essa nos programas de entretenimento aos domingos, a segunda-feira das crianças e adolescentes negros na escola será um filme de terror que se estenderá por semanas, meses e anos, a depender da duração da personagem na tevê. E os familiares dessas crianças perderão horas, dias, semanas e meses preciosos de educação, lazer e fruição ensinando-as a reagir, a não sucumbir, a manter a cabeça erguida, a preservar o amor-próprio diante de tanta violência direcionada e objetiva.
Os exemplos racistas da televisão também inspirarão situações de discriminação racial na escola, minimizadas por professoras e professores cansados e despreparados, para dizer o mínimo. As crianças e adolescentes negros que não tiverem tido as lições de sobrevivência do amor-próprio ministradas em casa se sentirão sozinhos, desprotegidos e injustiçados. Um dia perderão a paciência e poderão chegar às vias de fato com colegas racistas, como último recurso de autodefesa. Então serão taxados de violentos, serão estigmatizados na escola, perderão o estímulo para permanecer naquele ambiente, evadirão com facilidade e a redução da maioridade penal será apontada como solução para retirá-los mais cedo do convívio social e puni-los por terem reagido, da maneira que lhes foi possível, à opressão racial.
Trechos de “Rastro de pânico do racismo brasileiro”
Cidinha da Silva